RAZÃO VS EMOÇÃO

Muitos de nós pensamos que seria muito melhor não sentíssemos  nenhuma emoção – “Eu deveria ser racional e ter bons pensamentos e a emoção apenas ajudaria no caminho de ser racional e produtivo!” Nós tentamos limitar ou suprimir completamente toda e qualquer as emoção para que possamos ficar praticamente como o Robocop na nossa tomada de decisão. O problema é que essa concepção de que a razão e a emoção estão em uma batalha, duelando para o direito de tomar decisões é inútil e falso.

O neurocientista, Antonio Damasio, notou algo peculiar ao estudar um paciente que teve parte de seu lobo frontal retirado para remover um tumor cerebral. O paciente, referido na pesquisa como Elliot, ainda tinha um QI muito alto, mas estava paralisado por uma incapacidade de tomar decisões. Após a investigação, Damasio concluiu que Elliot tinha dificuldade em experimentar emoção, e como consequência disso, não era capaz de decidir entre as diferentes opções. Damasio sugeriu que quando tomamos decisões, nós consideramos  como nosso corpo se sente ao considerar diferentes opções como um dos fatores na decisão, e Elliot, incapaz de sentir isso, era incapaz de decidir.

Mesmo que nos concentremos em pensar racionalmente nas Técnicas de Medicina Comprtamental, isso não significa que o objetivo seja uma existência sem emoções. Albert Ellis deixou claro que é totalmente incorreto classificarmos razão versus emoção (o que ele chama de “dicotomia falsa”). O objetivo das Técnicas de Medicina Comportamental é pensar de uma forma que gere emoções saudáveis ​​ao invés emoções não-saudáveis e, em seguida, usar essas emoções para nos ajudar a tomar as decisões certas que nos levam a cumprir nossos objetivos. Então, da próxima vez que pensarmos que seria mais fácil tomar uma decisão se estivéssemos tranquilos, sem emoção e calculistas, devemos perceber que nossas emoções saudáveis ​​realmente nos permitem tomar melhores decisões.